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Postado Por: Aléxis Campbell sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os povos antigos sabiam que seu sustento vinha da terra onde viviam, que lhes fornecia alimentos e outros recursos naturais. Se as colheitas falhassem, as pessoas poderiam morrer de fome, então era muito importante garantir uma boa colheita fazendo o que fosse possível.

O ser humano sempre buscou o equilíbrio. Os pagãos acreditavam que se atingissem este objetivo quando estivessem em harmonia com os ciclos da Terra. É algo que procuravam dentro de si, mas também exteriormente, pois não estavam separados do ambiente em que viviam.
Hoje em dia, é complicada essa conexão, a grande maioria vive em grandes cidades e tudo o que fazem é ir a um supermercado próximo de sua residencia.
Os povos antigos europeus dependiam das colheitas para sobreviver, sabiam que, se elas não fossem fartas, muitos morreriam. Assim, uma das principais formas de os celtas honrarem a terra era realizando cerimônias em pontos específicos do ano, na mudança das estações.
De certa forma, havia uma compreensão de que, se eles não estivessem alinhados com a Natureza, não teriam como influir positivamente nas colheitas.
Nossos corpos mudam no decorrer do ano e só agora a ciência nos diz isso. No entanto, as bruxas já sabiam desse fato há muito tempo, tanto que o “objetivo” ritual da Roda do Ano é justamente esse: se alinhar com os ciclos da Natureza. Ao celebrar as mudanças de estações, estamos celebrando nossas próprias vidas e nossa própria realidade, como no caso dos celtas com as colheitas.
Cada festival do calendário céltico celebra um aspecto da terra e as mudanças de estações. Os festivais celtas do fogo, Samhaim, Imbolc, Beltane e Lughnasadh são essencialmente célticos, cada um deles é marcado pelos solstícios e equinócios, pontos-chave do ano também.
A própria simbologia de cada sabbat céltico é extremamente relacionada ao meio das estações: Beltane é uma “mistura” de primavera com verão; Samhaim é uma mistura de outono com inverno, Imbolc é uma mistura de inverno com primavera e Lughnasadh é uma mistura de verão com outono.
Os celtas reconheciam que toda vida começa na escuridão, a criança no ventre da mãe, a semente das plantas, filhotes em ovos, e é por esse motivo que as cerimônias começavam ao cair da noite do dia anterior ao festival. Não é por acaso que o dia começa à meia-noite.
A véspera de cada festival era um tempo de preparação física e espiritual, cada pessoa envolvida na cerimônia noturna passava o dia certificando-se de que sua energia estava tão equilibrada e harmoniosa quanto possível. Isso lhes permitiria receber maior sabedoria e poder nessas ocasiões de reverência e celebração.
Só podemos saber o que é estar em harmonia com a terra vivenciando essa união. Celebrar a Roda do Ano é se conectar à energia que move o mundo e que foi tão reverenciada pelos nossos ancestrais. Estude com atenção o simbolismo de cada sabbat e atente para as mudanças que ocorrem no seu corpo e mente em todos esses períodos.

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